A Adobe Systems, produtora de programas como Photoshop, InDesign e Illustrator, anunciou nesta segunda-feira (6/05) uma grande mudança em seu modelo de negócios. A partir de agora, os softwares passarão a ser oferecidos online, como serviço para os usuários. Em vez de comprar o pacote com o CD para instalar o programa no computador, como acontecia com o Creative Suite, bastará fazer uma assinatura online. A assinatura do serviço online custa a partir de US$ 50 nos Estados Unidos.
Para a Adobe, o lançamento permitirá a democratização da tecnologia. “Agora todos os usuários terão em suas máquinas os mesmos recursos”, afirma Fabio Sambugaro, country manager da Adobe no Brasil. Segundo ele, a Adobe planeja fazer duas grandes atualizações de seus produtos por ano. 
Apesar de as atualizações e compartilhamentos serem feitos online, será necessário o download da aplicação em um computador. O usuário fará todo seu trabalho em sua própria máquina e depois enviará o arquivo para nuvem. Este modelo híbrido é uma vantagem para usuários de mercados como Brasil, onde a velocidade de internet ainda deixa a desejar.
Receita menor, por enquantoO balanço da companhia também sentirá a mudança. Os novos usuários pagarão uma quantia menor, porém, de forma recorrente. Até que a transição de um modelo para outro seja concluída, a receita deve cair. No longo prazo, no entanto, a companhia ganha a vantagem de ter em caixa uma receita recorrente. O modelo de vendas de produtos da empresa também terá que mudar. “A Adobe passa a pensar mais em adquirir novos usuários para aumentar suas receitas”, diz Sambugaro.
Batizado de Creative Cloud, o novo serviço, que já funciona há dois anos numa escala menor, tem hoje 500 mil assinantes e é responsável por 22% do faturamento da Adobe. Com as mudanças anunciadas agora, a intenção da companhia é ter 20% do seu volume de receita vindos dos serviços em nuvem.
Os pacotes de software, como o Creative Suite 6.0 não sairão do mercado. Continuarão disponíveis nas prateleiras e receberão suporte. No entanto, não haverá atualização. O esforço de desenvolvimento da Adobe será 100% voltado para o Creative Cloud.
A favor da Adobe, conta também a possibilidade de o novo modelo reduzir a pirataria. Segundo Sambugaro, índices oficiais apontam que 54% dos programas instalados em computadores no Brasil são piratas. Considerando somente os programas de uso em escritórios, o índice sobe para 89%. “Pagando um preço mais baixo para usar o programa por um tempo determinado, o usuário poderá deixar de lado o software pirtata”, afirma o country manager da Adobe Brasil.

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